segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Uma Banda... Blue October

São do Texas... e são bons! pois alguma coisa de jeito lá há-de haver.

Chamam-se Blue October e dizem que o Indie não morreu.

Formados nos anos 90, este quinteto, transporta-nos para um mundo de ups and downs consoante a vontade do vocalista Justin Furstenfeld que com a suas letras e voz angustiada e dura prende logo desde o princípio.

Destaque para Foiled e Consent to Treatment.

Não inundam a MTv nem o camandro, mas vale bem a pena perder uma horinha para ouvir.

Não acreditam... tirem as dúvidas!

domingo, fevereiro 10, 2008

Um filme... "In The Valley of Elah"

Hank Deerfield (Tommy Lee Jones), um veterano da Coreia e do Vietname, recebe a notícia de que o seu filho que voltou do Iraque se encontra desaparecido há 4 dias. Pede então ajuda à Detective Emily Sanders (Charlize Theron), para o ajudar na busca da verdade.

Esta é a premissa do filme "In The Valley of Elah", o mais recente filme de Paul Haggis.
Paul Haggis que venceu o Óscar de 2006 para melhor filme e melhor argumento com o filme "Crash", tendo-se tornado o primeiro argumentista a receber o galardão dois anos seguidos, (ganhara no ano anterior com "Million Dollar Baby") e tendo sido nomeado no ano seguinte com "Letters from Iwo Jima", assina desta vez um poderoso drama que tem por fundo a guerra do iraque.

"In the Valley of Elah", remete-nos para uma América ferida a pedir por socorro, por ajuda, para curar as feridas do Iraque. É um filme para saborear e ir reflectindo à medida que se desenrola
Feito em estilo de documentário é um dos muitos filmes sobre a guerra do iraque nos quais 2007 foi fértil.

E nisso os americanos têm sorte. Há sempre uma guerrazita pa fazer umas dezenas de filmes. Porra pá, a nós só nos deram o ultramar, mas tão cedo não me esquecerei do Nicolau Breyner com ar esgazeado com uma G3 na mão a dizer "Aos que lá ficaram"... isso sim é cinema de guerra...

Destaque para a interpretação magistral de Tommy Lee Jones, que aqui se afigura como um candidato a um Oscar. Não é o Nicolau Breyner... mas o Paul Haggis também não é o Joaquim Leitão....

Nota final: 8/10

Outros filmes a ver...

"Redacted" - Brian de Palma

"Lions for Lambs" - Robert Redford


terça-feira, fevereiro 05, 2008

Quando Nós eramos pequenos

De acordo com os reguladores e burocratas de hoje, todos nós que nascemos nos anos 60, 70 e princípio de 80 não devíamos ter sobrevivido até hoje, porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas em tinta á base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos. Não tínhamos frascos de medicamento com tampas "á prova de crianças" ou fechos nos
armários e podíamos brincar com as panelas. Quando andávamos de bicicleta, não usávamos capacetes.


Quando éramos pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags - viajar á frente era um bónus. Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso.


Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que esquecemos de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos.


Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos Play Station, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet. Tínhamos amigos - se os quiséssemos encontrar íamos á rua.


Jogávamos ao elástico e á barra e a bola até doía! Caíamos das arvores, cortávamo-nos, e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal.


Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos ás portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados.


Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola; não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem. Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei. Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de
inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo.



És um deles? Parabéns!

Passa esta mensagem a outros que tiveram a sorte de crescer como verdadeiras crianças, antes dos advogados e governos regularem as nossas vidas, "para nosso bem". Para todos os outros que não têm idade suficiente pensei que gostassem de ler acerca de nós. Isto meus amigos é surpreendentemente medonho ... e talvez ponha um sorriso nos vossos lábios:



A maioria dos estudantes que estão nas universidades hoje nasceram em 1986...chamam-se jovens. Nunca ouviram "we are the world" e uptown girl conhecem de westlife e não Billy Joel. Nunca ouviram falar de Rick Astley, Banarama ou Belinda Carlisle. Para eles sempre houve uma Alemanha e um Vietname. A SIDA sempre existiu. Os CD's sempre existiram. O Michael Jackson sempre foi branco.



Para eles o John Travolta sempre foi redondo e não conseguem imaginar que aquele gordo fosse um dia deus da dança. Acreditam que Missão impossível e Anjos de Charlie são filmes do ano passado. Não conseguem imaginar a vida sem computadores. Não acreditam que houve televisão a preto e branco. Agora vamos ver se estamos a ficar velhos:


1.. Entendes o que está escrito acima e sorris
2.. Precisas de dormir mais depois de uma noitada
3.. Os teus amigos estão casados ou a casar
4.. Surpreende-te ver crianças tão á vontade com computadores
5.. Abanas a cabeça ao ver adolescentes com telemóveis
6.. Lembras-te da Gabriela (a primeira vez)
7.. Encontras amigos e falas dos bons velhos tempos
8.. Vais encaminhar
este e mail para outros amigos porque achas que vão
gostar.


SIM ESTÁS A FICAR VELHO!!

Excedentes

Abre um olho devagar e depois o outro. O sol já ia alto e à algum tempo que lhe enche a cara.

O despertar esse é tímido lento e demorado. Há muito que deixou de ser violento. Nada à espera, que dependa do bater do ponteiro dos segundos ou batidas do coração. Quando nada há a fazer, desperdiçar trata-se duma arte, e que nos impede de atingir a loucura, a insanidade mascarando-a sob um véu de tédio.

Tal como ontem, e antes de ontem e daquele dia que já vai longe, muito longe, perdido no manto do esquecimento, levanta-se da sua sepultura, um caixote que foi feito para transportar luxo mas que acabou a esconder a miséria humana e meticulosamente arruma o seu cobertor, um pedaço de pano velho e esbatido, uma mera imagem daquilo que outrora foi tal como o ser humano que o arrumava.

A força do tempo vergara-o, não se lembrava se a vida se tinha tornado assim ou se fora esta a sua única realidade e a vida da qual se lembrava ocasionalmente não era mais que do uma imaginação vezes demais trazida ao plano da realidade, de tal forma que já a confundia com a vida real, que de real tinha tudo mas que classificar de vida poderia ser arrojado demais, presunçoso até.

Mas não era loucura nem delírio... Era... apenas um excedente, excedente de uma sociedade, evoluída dizem, onde a validade de uma pessoa é medida em gráficos de produtividade e objectivos e a estabilidade em reduções de custos. Trata-se de um mundo em forma de cinzeiro em que as nossas vidas são vezes demais cigarro sem filtro que ardem depressa demais ou antes do tempo.

domingo, fevereiro 03, 2008

Estou de Volta....

Pois é cambada, o neto da rosa tá de volta.
Para gáudio de milhares de famílias, voltei. Nem melhor nem pior que nunca... na mesma.
Depois de um interregno de onze meses senti-me subitamente imbuído de um espírito crítico e ai estou, para criticar.
Claro que como todos os comebacks, nem tudo foi fácil, os sacanas da Google apoderaram-se de tudo, e tive que resgatar este simpático espaço, e não foi fácil, garanto.
Muita coisa passou, neste espaço e... cá estamos.
Bem para regresso já chega, já estou farto por agora...
Parto... mas não sem antes dar um cheirinho dos grandes tempos que aí vêm...





Blood will flow... um hino á virilidade... a todos nós que crescemos nos "ninetties"